segunda-feira, 24 de maio de 2010

Afinal, O Que é Controladoria?

A Controladoria é um segmento da Contabilidade ou da Adminstração, podendo ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, mas na prática profissional ambas costumam ficar sob a égide de um único gestor, chamado de controller ou controlador. É uma área de staff, ou seja de assessoria e consultoria, normalmente fora da pirâmide hierárquica da organização.

Com o aumento da competitividade, o avanço da tecnologia, a crescente exigência dos consumidores, entre outros fatores, houve uma mudança no paradigma das empresas exigindo delas uma permanente adaptação a esse novo ambiente.

Diante desse desafio, as organizações devem elaborar um adequado planejamento estratégico que atenda as novas necessidades dos stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, bancos e órgãos fiscalizadores) podendo trazer contribuições valiosas para que as decisões tomadas no presente apóiem as consequências geradas no futuro.

É na gestão dessas situações que está a controladoria, cuja missão é otimizar o processo decisório garantindo informações adequadas aos gestores em busca de uma eficácia gerencial, assegurando a continuidade do negócio da empresa. É importante que o controller conheça bem o ramo de atividade da organização, seus objetivos e metas, assim como também ter conhecimentos contábeis e administrativos. As funções do Controller são: Contabilidade, Fiscal, Financeiro, Custos, Planejamento Tributário, Previsão Orçamentária Anual (Budget), Planejamento Estratégico e Relatórios para tomada de decisões.

A metodologia da controladoria é baseada no processo de controle, através de padrões de qualidade previamente estabelecidos, focado no planejamento e orçamento traçados pela organização. Porém todos os membros da organização devem estar envolvidos, desde os níveis mais altos até os operacionais. Desta forma, a controladoria presta contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio da organização diante das dificuldades existentes no seu ambiente operacional.

Primeiramente a controladoria deve definir os padrões de controle e projetar os resultados com enfoque nos objetivos da organização. De modo que não haja excesso, desperdício ou roubo. Desta forma, o controller irá elaborar uma análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos, obsevando os desvios, ou seja a diferença entre os resultados e os padrões. Após a verificação dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se os desvios comprometem os objetivos da organização.

Existe uma classificação dos desvios de acordo com sua relevância (baixa, média e alta) e é através dessa classificação que a controladoria faz sugestões para possíveis soluções dos problemas identificados, repassando para os gestores devidos pela ocorrência do desvio, a partir desse momento, os mesmo são responsáveis pela tomada de decisão.

Contudo, a implantação do processo de controle requer uma mudança cultural no processo de gestão organizacional, é preciso que todos se adaptam a nova filosofia para ser bem sucedida.

Nos dias atuais é imprescindível para uma grande organização um serviço contínuo da controladoria, pois é o setor que detem todas as informações gerenciais da empresa. Planejando, organizando, controlando e dirigindo todos os risco e custos , de forma a maximizar o lucro para garantir o sucesso da mesma.




Ariane Pereira Gonçalves, MBA
Administradora de Empresa
Especialista em Auditoria e Controladoria

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Símbolos: Administração e Contabilidade



Este é o Símbolo do Sistema CFA/CRAs. Deverá ser usado nas suas várias versões, em toda a comunicação visual dos Conselhos Federal e Regionais de Administração. O Símbolo é composto de um emblema que representa a profissão de Administrador.


Histórico de Como Surgiu o Símbolo do Administrador
O Conselho Federal de Administração promoveu em 1979 um concurso nacional para a escolha de um símbolo que o representasse. Para tanto, foram convidados personalidades relacionadas às artes gráficas, como o industrial José E. Mindlin, o especialista em heráldica Adm. Rui Vieira da Cunha, o grafista Adm. Zélio Alves Pinto, o arquiteto Alexandre Wollner, além dos Presidentes dos Conselhos Regionais de Administração do Rio de Janeiro e de São Paulo, Adm. Antônio José de Pinho e Adm. Roberto Carvalho Cardoso, e do Conselheiro Federal Arlindo BragaSenna, para compor um corpo de jurados que deveriam julgar e escolher o Símbolo da Profissão do Administrador.
O concurso recebeu trezentas e nove sugestões, vindas de quase todos os Estados brasileiros. Estes trabalhos foram analisados por sete membros do júri e teve como primeiro resultado a seleção de 40 (quarenta) trabalhos para serem escolhidos na segunda fase de julgamento. No dia 9 de abril de 1980, em Brasília/DF, foram selecionados 10 (dez) trabalhos para uma segunda fase de julgamento. A escolha final, dificílima, devido às linguagens gráficas distintas e oriundas das diversas regiões do país, finalmente legitimou o símbolo já bastante conhecido, que representa em todo o território nacional a profissão do Administrador. O trabalho escolhido foi apresentado por um grupo de Curitiba, denominado "Oficina de Criação".


O símbolo escolhido para identificar a profissão do Administrador tem a seguinte explicação pelos seus autores:"A forma aparece como intermediário entre o espírito e a matéria".Para Goethe o que está dentro (idéia), está também fora (forma).

O quadrado é regularidade, possui sentido estático quando apoiado em seu lado, é sentido dinâmico quando apoiado em seu vértice, (a proposição escolhida). Uma forma básica, pura, onde o processo de tensão de linhas é recíproco. Sendo assim, os limites verticais/horizontais entram em processo recíproco de tensão.
As flechas indicam um caminho, uma meta. A parte de uma premissa, de um princípio de ação (o centro). Considerando o ser humano um elemento pluralista, para atingir estes objetivos, através dos elementos propostos, as flechas centrais se dirigem para um objetivo comum, baseado na regularidade; para atingir o mundo das idéias/para obter o supra sumo, chegando a uma meta comum, através de uma exposição prévia de fundamentos, partindo das razões de um parecer. (movimentação) interna das flechas.


Fonte: Conselho Federal de Administração




O Caduceu, Símbolo da Contabilidade, é formado por um bastão entrelaçado com duas serpentes, tendo na parte superior um elmo com duas pequenas asas. O Bastão representa o poder. As duas serpentes simbolizam a sabedoria, isto é, o quanto se deve estudar antes de agir e o elmo alado representa a predominância de pensamentos elevados. Para simbolizar a Profissão Contábil, escolheu-se, há muito, o deus Mercúrio (Hermes, para os gregos), que possuía um elmo aladosobreposto na cabeça e que carregava consigo um bastão. Unidos, concretizavam a insígnia do Caduceu, símbolo da vitalidade, da qualidade de um arauto e da eficácia, atribuído a quem iria realizar a vontade divina. A Mitologia Grega foi absorvida pela cultura romana, o que explica a analogia entre tais povos em reverenciarem e venerarem em suas cerimonias e cultos religiosos os seus deuses e heróis. Estes, por sua vez, acabaram tomando diversas formas ou personificações abstraídas da natureza (céu, sol, mar e etc.). Os romanos adotaram como seu deus supremo Júpiter (Zeus, na mitologia grega) que tinha como filho, o deus da indústria e do comércio, o divino Mercúrio. Segundo a versão lendária, ainda quando criança, já demonstrava grande potencial de inteligência, habilidade e perspicácia, uma vez que sua genialidade se confirma na invenção da lira (instrumento musical). Mercúrio, quando adulto, presenteou seu irmão Apolo, deus do sol e da profecia, com o que havia inventado (a lira), que generosamente lhe retribuiu com um bastão mágico com duas pequenas serpentes entrelaçadas. Zeus, nesse momento, designou-o mensageiro dos deuses por observar suas inúmeras qualidades, obsequiando-o com um elmo (capacete) alado, com das asas e, assim, se formavam a insígnia do Caduceu. Portanto, o Caduceu significa a capacidade, a inteligência e a astúcia, e compreende-se por que é usado como símbolo da profissão contábil, uma vez que: o bastão representa o poder de quem conhece a Ciência Contábil;as serpentes simbolizam a sabedoria, isto é, o quanto se deve estudar antes de agir, para escolher o caminho correto; as asas, figuram a diligência, ou seja, a presteza, a solicitude, a dedicação e o cuidado ao exercer a profissão ; o elmo, que é uma peça de armadura antiga que cobria a cabeça, tem significado de proteção contra pensamentos baixos que elevam a ações desonestas.






sábado, 31 de janeiro de 2009

Auditoria Sem Mitos

Inicialmente, o trabalho do auditor era feito só por contadores, entretanto, as recentes teorias da Gestão Corporativa são adeptas que o Administrador também possa exercer esta função.
A palavra auditoria etimologicamente origina-se do Latim audire, que significa ouvir, desta forma o auditor deve ter como característica saber ouvir os funcionários da empresa, fazendo um exame cuidadoso e crítico, pois muita coisa é omitida ou é transmitida de uma maneira que não corresponde com as atividades reais executadas, dificultando o trabalho do auditor. Isso se deve ao fato de que muitos desconhecem o trabalho do auditor e os funcionários se sentem vigiados, ficando intranqüilos, pois acham que vão ser prejudicados ou tornar mais burocrática a execução de seu trabalho.
As pessoas de um modo geral, rejeitam a idéia de mudança por exigir uma nova adaptação de algo que já é corriqueiro e até mesmo por medo, pois podem não se adaptarem ao novo e acabarem por ser excluídas.
Esse texto tem como objetivo para aprofundamento do trabalho da auditoria, que deve ser compreendida como um conjunto de ações de assessoramento e consultoria, verificando se as atividades desenvolvidas por uma determinada empresa estão de acordo com os objetivos planejados previamente e se o feedback está sendo o esperado. É através da verificação dos controles internos, baseados em procedimentos já normatizados, que o auditor pode auxiliar a direção na tomada de decisão com maior precisão e segurança. Em geral esse trabalho vem atender os interesses dos stakesholders, ou seja, a parte interessada, os acionistas, investidores, financiadores e inclusive o Estado.
A conclusão da auditoria externa se da através da emissão de um documento formal chamado Parecer da Auditoria, que ao final de um exercício social deve ser publicado junto com as Demonstrações Financeiras ou Contábeis por exigência da legislação. Na interna é através dos relatórios e cartas de controle interno.
Existe a auditoria interna e a externa, sendo que na primeira o funcionário faz parte do quadro da empresa e na segunda é sem vínculo empregatício, apenas um prestador de serviços de forma independente, podendo também ser outsoursing, ou seja, mão-de-obra terceirizada. O auditor interno testa a eficiência dos controles internos, preocupando-se com o desenvolvimento da empresa e o auditor externo verifica todos os registros contábeis estão de acordo com o exigido por lei.
A auditoria deve considerar todos os setores da organização, já que eles se auto-relacionam para formar o sistema maior que é a empresa. É importante trabalhar com as informações projetadas para o futuro, saber quais são seus objetivos para propor mudanças, uma melhor forma de trabalhar reduzindo os custos e agilizando as atividades da organização.
Atualmente, a auditoria externa para uma empresa é uma necessidade exigida por Lei (Sarbanes-Oxley) que obriga todas as empresas com ações na Bolsa de Valores de Nova York a terem controles internos confiáveis e para tal é imprescindível a atuação do auditor, desta forma, o entendimento dos controles internos é essencial para o sucesso de uma organização.
Ariane Pereira Gonçalves, MBA
Administradora de Empresas

Especialista em Auditoria e Controladoria